Sob aplausos entusiasmados, a entrada das 24 defensoras e defensores públicos empossados nesta terça-feira (27/08), na Sala Cecília Meireles, foi embalada pela canção “Maria, Maria”, de Milton Nascimento, entoada por integrantes da Escola de Música Villa-Lobos. A primeira colocada no 26º concurso da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, Maísa Alves Gomes Sampaio, discursou em nome dos demais colegas. Ao lembrar do pesado custo financeiro dispendido pelos novos concursados para a conquista do cargo, ela defendeu a efetividade do sistema de cotas para democratizar o acesso à carreira. |
“Enquanto os negros e pobres estiverem sentados apenas no banco dos réus, a Defensoria Pública não terá atingido a completude de suas funções constitucionais”. Ela reafirmou o compromisso dos recém-empossados com a missão de lutar pelo acesso integral à justiça de toda população brasileira: “Ser defensor é pisar na lama e no asfalto, é estar hoje neste lindo teatro sem esquecer o cheiro de um presídio”, declarou a mais nova integrante da Instituição. “É a utopia que move a caminhada. Devemos seguir na defesa de um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”, concluiu ela com o poema “Novos Dias”, de Sérgio Vaz, o Poeta da Periferia. Também discursaram o Defensor Público-Geral, Rodrigo Pacheco, o governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e a presidente a ADPERJ, Juliana Lintz, que deu às boas vindas a nova “família”. |
Juliana destacou que a carreira escolhida pelos novos colegas exige muito mais do que notável conhecimento jurídico, este já comprovado pelo resultado dos exames: “É necessário um olhar diferenciado para o assistido, compreendendo suas vulnerabilidades e praticando a empatia sempre”, comentou. A presidente da ADPERJ lembrou que a posse ocorre em momento especial para a entidade, com a realização do XIV CONADEP na capital fluminense. “Depois de 18 anos, o Rio de Janeiro volta a sediar o maior evento da Defensoria Pública das Américas, aqui no Centro. E a presença de cada uma e cada um de vocês é imprescindível. Será uma oportunidade sem par de participar dos debates e reflexões sobre o constante desafio de nossa Instituição de garantir o acesso à Justiça para a população mais vulnerável”, concluiu ela. A canção “Reis e Rainhas do Maracatu” encerrou a solenidade, e o palco foi rapidamente tomado por parentes e amigos, flores e abraços calorosos. |
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O servidor Pedro Ferreira, um dos mais antigos da Casa, fez a entrega dos PINs aos novos DPs |
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