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Luiz Gama foi tema de palestra e debate em evento na ADPERJ

A vida e a obra do abolicionista Luiz Gama (1830-1882) foram tema da Sessão de Cinema Thais Moya, na noite desta quarta-feira (29/06), na sede da ADPERJ.

O evento foi realizado pela Associação, em parceria com a Coordenadoria de Promoção da Equidade Racial (COOPERA) e a Associação dos Servidores da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (ASDPERJ). Participaram da mesa de abertura a diretora de Eventos e Social Alessandra Monteiro, a coordenadora da Coordenadoria da COOPERA, Lívia Casseres e a vice-presidenta da ASDPERJ, Thamara Deola. A filha da defensora Thais Moya, que leva o nome do projeto da ADPERJ, Tamima Moya, prestigiou o encontro.

O legado de Gama foi exaltado e evidenciado na palestra da professora de Letras da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Lígia Ferreira. Além da vocação e dedicação para atuar em prol dos mais necessitados, ela abordou os talentos literários e jornalísticos, citando trechos de uma série de artigos que publicou em veículos de imprensa da época.

Escravizado liberto e autodidata, utilizava-se das leis existentes para defender os direitos das pessoas escravizadas, para que fossem aplicadas, denunciava juízes corruptos, esquemas fraudulentos, com ironia e retórica elaborada, contou Lígia Ferreira, além de denunciar o racismo institucional e reafirmar sua negritude em plena escravidão.

Os ensinamentos atemporais de Gama também foram resgatados no debate com a advogada criminalista, Carmen Felippe e o professor da UERJ e defensor público, José Augusto Garcia, mediado por Lívia Casseres.

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José Augusto Garcia afirmou que Gama foi o primeiro defensor público do Brasil, muito antes da existência da instituição, e que sua contribuição jurídica é inestimável para quem luta pela democracia e justiça social. Ao lembrar de vários feitos do abolicionista na defesa de pessoas negras, ele defendeu a atualidade de seus escritos nos dias de hoje. “Somos depositórios desse legado monumental deixado por Luiz Gama. A Defensoria não é neutra, tem um lado, não podemos trair essa nossa vocação”.

Com fala provocadora e emocionada, Carmen Felippe convocou a plateia a seguir as lições de resistência de Gama e a dar um basta ao racismo estrutural, que segue ceifando vidas e produzindo violações de direitos da população negra mais de 130 anos depois do fim da escravidão. “Luiz Game-se!”, concluiu ela.

O encontro foi transmitido pelo canal do YouTube da Associação e pode ser revisto, clicando AQUI.

Veja as fotos do encontro, AQUI.

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