O balanço da primeira etapa da campanha Conexão Solidária no Rio de Janeiro, foi realizada ao vivo, nesta quinta-feira (16/04), no Instagram, com os assessores da Ouvidoria Externa da DPRJ, Fabbi Sousa e Salvino Oliveira, e o Defensor Público Daniel França, que integram a equipe de coordenação da iniciativa.
Eles explicaram os critérios de escolha das famílias e de comunidades neste primeiro momento, e detalharam a logística do projeto.
Territórios com casos de Covid-19 confirmados, que estavam sem água e/ou que tinham carências históricas na região metropolitana do Rio foram priorizados.
O público-alvo das entregas foram famílias em situação de vulnerabilidade, trabalhadores autônomos, com crianças pequenas, idosos e/ou que perderam fonte de renda devido ao isolamento social causado pela pandemia.
Todas as compras tiveram emitidas notas fiscais que serão disponibilizadas na página do Instagram da campanha @conexao_solidaria_rio
A ideia foi fortalecer o trabalho das lideranças dessas comunidades.
As famílias e suas histórias
Salvino Oliveira, que participou do processo das entregas, relatou ter conhecido histórias tocantes de famílias que receberam a cesta em momento já crítico de sobrevivência.
No Morro do Banco, o contato com venezuelanas em situação de refúgio e trabalhadoras informais, mostrou o lado duplamente trágico de quem precisou deixar seu país e família para sobreviver e agora volta enfrentar realidade semelhante em país estrangeiro.
No Pavão-Pavãozinho, em conversa com as lideranças, a surpresa de constatar que, apesar de ser uma comunidade em bairro abastado da capital, a miséria faz parte da vida de uma parcela impressionante da favela.
Em Jardim Catarina, a fome que agora premia boa parte dos moradores, convivia com carências históricas da comunidade, traumatizada por alagamentos e casas destruídas em dias de temporal.
Conhecer a realidade desesperadora de prostitutas moradoras do Complexo do Chapadão foi outro momento marcante da visita. As moradias miseráveis contrastavam com o entusiasmo e acolhimento dessas mulheres.
“A participação nesta campanha foi um divisor de águas para mim. Apesar da frágil e da grave situação dessas comunidades, o sentimento que ficou para mim nessas visitas foi a esperança, do verbo esperançar. Esperançar por dias melhores, mais justos”.
A campanha foi lançada no dia 24 de março.
Em 3 de abril começou a distribuição das cestas básicas, que terminou no último sábado (11/03). Ao todo, 700 famílias receberam cestas básicas com um total de 17 toneladas de alimentos, graças a R$ 80 mil que foram angariados nesta primeira etapa.
A segunda etapa da campanha tem como meta construir novas parcerias e reservar uma parte das doações para a população em situação de rua, além de beneficiar outras comunidades carentes do estado.
Mas para isso, precisamos de ainda mais solidariedade e doações!
Participe, divulgue esta iniciativa, doe!
Doações:
BANCOOB (Cod. 756) / Agência: 0001-9 / Conta poupança: 63.309.211-8
Titular: Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Estado do RJ
CNPJ: 27. 284. 504/0001-37.