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Primeiro dia da campanha alcança 160 famílias das favelas Pavão-Pavãozinho e Tabajaras

A primeira fase da campanha “Conexão Solidária” arrecadou R$ 80 mil, quantia que ajudará cerca de 700 famílias com cestas básicas e produtos de limpeza.

Esta sexta-feira (03/04) foi o primeiro dia de entrega dos mantimentos, destinados a 160 famílias das favelas Pavão-Pavãozinho e Tabajaras, na Zona Sul da capital fluminense. Até a próxima semana, iremos a duas localidades por dia. Confira as comunidades beneficiadas nesta primeira etapa:

Pavão-Pavãozinho (Copacabana e Ipanema)

Dois dos maiores focos da pandemia no estado (cerca de 100 casos confirmados), a favela possui grande parte de seus moradores residindo em lares precários e com muitas com deficiência de saneamento básico. Na localidade, contamos com a parceria da ONG “PPG Informativo”, mídia local que ajuda na comunicação de direitos da população. A organização é liderada pela comunicadora Ana Muza, parceira da Ouvidoria.
https://www.facebook.com/PPGINFO/

Santo Amaro (Catete)

A zona sul é o epicentro da doença no estado e Santo Amaro encontra-se em uma região com cerca de 40 casos confirmados. O local foi escolhido, porque, apesar de apresentar muitas famílias em situação de pobreza, tem pouca ou nenhuma visibilidade em comparação com grandes favelas da cidade. Os parceiros locais são três instituições que atuam na região e no entorno: “Projeto Somando”, “Morro dos Campeões” e “Ademafia”.
https://www.instagram.com/projetosomando/?igshid=1sdi4yhy3q3i
https://www.instagram.com/morrodoscampeoes/?igshid=1hpzfadwzrpxu

Jardim Catarina (São Gonçalo)

O local conta com mais de 10 casos confirmados de Covid-19, sendo dois deles na região da amendoeira, bairro fronteiriço com Jardim Catarina. O território já foi visitado pelo Circuito de Favelas por Direitos e, desde aquele momento, já apresentava grande vulnerabilidade socioeconômica.
A entrega no local será feita em parceria com o Instituto por Amor que atua há 5 anos na região com crianças e adolescente. Página da instituição: https://www.facebook.com/InstitutoPorAmor/

Tabajaras (Copacabana)

O bairro conta com mais de 50 casos confirmados, o terceiro maior em número no RJ. A favela se encontra em situação de dupla vulnerabilidade: a questão socioeconômica e a falta de água. Segundo levantamento da Ouvidoria Externa, a comunidade foi o local que apresentou mais reclamações de falta de água em todo o estado. A Associação de Moradores do Tabajaras é parceira de longa data da Ouvidoria, do Núcleo de Terras e Habitação e da CDEDICA: https://m.facebook.com/tabajara.ribeiro.7

KM 32 (Nova Iguaçu)

O município tem cerca de dez casos confirmados e diversos relatos de subnotificação. No caso da favela KM 32, além do histórico de vulnerabilidade socioeconômica a localidade é invisibilizada e muito carente de serviços públicos. A representante da ONG “Mães da Baixada”, Joseane Martins é nossa parceira na comunidade. A instituição foi criada em 2005 para cobrar respostas das autoridades públicas pelas mortes perpetradas por agentes do Estado.

Beira Mar (Duque de Caxias)

O município foi muito resistente ao isolamento social e a perspectiva é de crescimento exponencial dos casos confirmados. Neste momento, já há diversas notícias de subnotificações na região. A favela já visitada pelo Circuito de Favelas por Direitos e tem longo histórico de vulnerabilidade socioeconômica. A moradora Zélia Marques é nossa parceira local desde a primeira visita do Circuito de Favelas por Direitos, em 2018. Zélia atua na articulação das famílias locais junto a ONG TETO.

Complexo de Favelas do Chapadão (Pavuna)

Com um dos maiores índices de vulnerabilidade sócioeconômica e de violência do município, a região possui centenas de casos suspeitos de Covid-19 e três já confirmados até o momento. No local, contamos com Jorge Luiz, parceiro da Ouvidoria desde 2018. Jorge palestrou na III Jornada de Direitos Humanos para Estagiários da Defensoria.

Rio das Pedras (Jacarepaguá)

Uma das maiores favelas do Rio de Janeiro em densidade populacional e com baixíssimo índice de desenvolvimento, a comunidade é perfeita para a rápida disseminação do vírus. Moradores já relatam dezenas de casos de subnotificação e a preocupação de estarem ao lado da Barra da Tijuca, bairro com maior número de casos confirmados no estado. O coordenador do projeto Criative, Jeferson Temoteo da Silva, é o nosso parceiro no local. A iniciativa trabalha com paisagismo e jardinagem há pelo menos 10 anos. Jeferson foi indicado a partir das redes da Ouvidoria: https://www.instagram.com/criative.jt/?hl=pt-br

Morro do Banco (Alto da Boa Vista)

A localidade vive uma situação precária no seu cotidiano e já soma quatro casos confirmados.

Guaraciaba (Belford Roxo)

Localizada em um dos municípios mais violentos do Brasil, com três casos já confirmados de Covid-19, a favela enfrenta problema de abastecimento de água, segundo o relatório da Ouvidoria. Nosso anfitrião é a ONG “Sim! Eu sou o meio”, que atua com crianças, adolescentes, jovens e mulheres em vulnerabilidade social do município de Belford Roxo, por meio da cultura, esporte, educação e lazer: http://simeusoudomeio.com.br/

Vila Ipiranga (Niterói)

Tendo em vista a invisibilidade das favelas da grande Niterói, a Vila Ipiranga foi escolhida para receber primeira leva de doações. O coordenador estagiário do Núcleo de terras e habitações da DP (NUTH) e professor voluntário do pré-vestibular local, Otávio, será nosso guia e apoiador na distribuição dos mantimentos.

CRITÉRIOS E LOGÍSTICA

A coordenação de logística buscou obedecer a todos os princípios da administração pública, dentre eles o princípio da igualdade, conferindo tratamento isonômico às partes, tratando igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de suas desigualdades.

Entendemos que a Baixada Fluminense e a região da Grande Niterói, apesar de contarem com número relativamente baixo de casos confirmados, apresentam vulnerabilidade socioeconômica histórica que deixa esses lugares já fragilizados ainda mais expostos. Um agravante dessa situação é o fato de que massiva parcela de trabalhadores da Baixada são autônomos e perderam sua renda.

SOBRE A CAMPANHA

A vulnerabilidade histórica de determinados locais no estado do Rio de Janeiro, somados à pandemia do Covid-19 traz para a sociedade brasileira desafios alarmantes. A necessidade de uma resposta rápida impõe uma nova dinâmica para as cidades, que agora vivem com restrições de circulação e novos hábitos de higiene a fim de evitar a disseminação do vírus.

Entretanto, enorme parcela da população não tem conseguido se adequar a tais demandas, devido a obstáculos de renda.

Pensando nisso, um grupo de Defensoras e Defensores em conjunto com a ADPERJ, a Ouvidoria Externa da Defensoria Pública e a sociedade civil, organizaram uma campanha de arrecadação de materiais de higiene e alimentos para famílias em situação de vulnerabilidade no Rio de Janeiro, a fim de, nos tempos de maior necessidade, suprir parte de suas demandas básicas.

Conheça aqui os critérios utilizados para a escolha das famílias e dos territórios contemplados.

A campanha está crescendo e recebeu a adesão da Associação dos Procuradores do Estado do Rio de Janeiro (APERJ), da Associação Paulista dos Defensores Públicos (APADEP) e da Ouvidoria Externa da Defensoria do Estado de São Paulo.

Página da Campanha Conexão Solidária no Instagram:

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