Racismo estrutural, institucional, ambiental e religioso. Facetas de um preconceito tão comum – embora pouco assumido pela maioria – foram tema do documentário “Interfaces do Racismo”, apresentado nesta quinta-feira (28/03) na ADPERJ, seguido de debate. Coordenadora do documentário, a Defensora Pública Federal Rita Cristina de Oliveira explicou que a produção é fruto de uma campanha da Defensoria Pública da União para discutir o racismo com a sociedade. “São quatro mini-documentários de cerca de 8 minutos que propõe uma reflexão crítica de como o racismo operacionaliza e estrutura a sociedade dessa forma desigual”, explicou. A Conselheira Consultiva da ADPERJ e professora da Fesudeperj e da Emerj, Lúcia Helena, foi uma das debatedoras: “Do meu concurso da Defensoria, em 1997, era a única negra. De lá para cá, pouco mudou. Nós, mulheres negras, somos apenas 4% dentro da DPRJ”. |
Um dos convidados para participar do debate, o ativista social Raull Santiago, do coletivo “Papo Reto”, elogiou a iniciativa: “É um trabalho que expõe a realidade do racismo estruturante e estrutural, que serve também de ferramenta para quem está dentro do espaço de luta e resistência na disputa de narrativa”. |
Esse foi o primeiro Cine Debate Thais Moya do ano, aproveitando o movimento 21 DIAS DE ATIVISMO CONTRA O RACISMO, inspirado no dia 21 de março – Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em memória ao “Massacre de Sharpeville”. Dentre os participantes, estavam Luyara Santos, filha da vereadora Marielle Franco, e Tamima Moya, filha da defensora Thais Moya, que dá nome ao nosso evento. Confira os mini-documentários online: Racismo Estrutural |