ASSOCIAÇÃO DAS DEFENSORAS E DEFENSORES PÚBLICOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

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Greve de Defensores completa uma década

Há exatos 10 anos, Defensores de todo o estado foram às ruas para reivindicar melhores salários e condições de trabalho. Em uma mobilização histórica, a ADPERJ uniu a Categoria, costurou alianças na Assembleia Legislativa e forçou um diálogo com o Executivo, inexistente na época. Com o mote “Agora a luta é pelo salário”, a greve dos Defensores Públicos de 2005 foi além da pauta de remuneração e deixou de legado uma Instituição mais forte e unida.

Como no Rio de Janeiro, cerca de 80% dos processos em tramitação na Justiça estadual contavam (a ainda contam) com a atuação de Defensores Públicos, o Governo da época se viu obrigado a ouvir os pleitos da Categoria nos dias em que se seguiram à greve. “Havia uma defasagem salarial enorme, falta de Defensores, perda de profissionais para outras carreiras jurídicas e uma baixa autoestima muito grande dentro da nossa Instituição” – conta o Presidente da ADPERJ da época, Pedro Carriello.

Ele lembra que foi em uma Assembleia histórica, com o número recorde de 351 presentes, que a Categoria decidiu pela realização de uma greve geral por tempo indeterminado. “A ADPERJ foi uma casa para os Defensores e a voz deles nas conversas com o Executivo, Legislativo e movimentos sociais” – disse.

Após dois meses de paralisação, as negociações com o Executivo resultaram na implantação do Fundo Especial da Defensoria Pública, na realização de um novo concurso público para Defensores e no direito à venda de férias. No ano seguinte, restabelecido o diálogo do Governo com a Chefia Institucional, foi dado o tão sonhado aumento aos Defensores Públicos. De lá pra cá, a Instituição segue ganhando força e reconhecimento dos Poderes e sociedade.

“Hoje, todos compreendem o trabalho da Defensoria” – afirma a presidente da ADPERJ, Maria Carmen de Sá. Para ela, desde a greve de 2005, a situação da Instituição fluminense é completamente diferente. “Se hoje temos nossa autoestima elevada é porque um dia tivemos a coragem de parar nosso trabalho e entrar em greve. Se a Categoria não tivesse se mobilizado naquela época, certamente estaríamos em uma situação pior” – afirmou a Presidente.

Maria Carmen lembra ainda como os dias de paralisação fortaleceram laços de amizade e criaram em muitos Defensores a vocação associativa. “Foi exatamente o meu caso. A partir da greve, entendi a real importância da ADPERJ e como ela é a instância que sempre agregará a Classe, mesmo nos momentos mais difíceis” – destaca a Presidente.

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