A Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (ADPERJ) vem, com pesar, manifestar repúdio ao episódio de violência em que foram vítimas o defensor público Marco Antônio Guimarães Cardoso e a médica Tyciana DAzambuja, no último dia 30 de maio, na cidade do Rio de Janeiro.
Marco Antônio foi alvo de soco na cabeça e ameaças ao intervir na agressão que vinha sofrendo Tyciana, vítima de justiçamento por um grupo de pessoas que, descumprindo as regras de quarentena vigentes por força da pandemia de Covid19, promovia uma festa com vários convidados, dentre eles um policial militar.
Naquela tarde, o defensor público e sua esposa saíram de sua residência, depois de ouvirem gritos na rua e virem pela janela uma mulher sendo carregada à força nas costas de um homem, pedindo socorro de forma desesperada.
Ao se depararem com a vítima no chão e verificando o grau de agressividade no local, Marco Antônio pediu para que as pessoas aguardassem a chegada da polícia militar, que já estava sendo acionada por ele, que inclusive se identificou como defensor público. Nesse momento, ele passou a ser agredido verbalmente pelo mesmo grupo de pessoas, levando um soco pelas costas de um dos homens que já havia antes agredido, também de forma covarde, a mulher.
Os atos de violência narrados indignaram cada defensora e defensor deste país e, por certo, cada cidadão que repudia a barbárie e reafirma seu respeito à Constituição e às instituições democráticas.
A ADPERJ acompanha de perto os procedimentos que visam a apuração do injustificável episódio de violência, inclusive da agressão e das ameaças dirigidas a Marco Antônio, com especial ênfase na sua segurança e de seus familiares.