Se a primeira fase da nossa iniciativa foi levar comida a famílias que já não conseguiam se manter no início da pandemia, esta segunda fase pretende alcançar pessoas em situação de extrema vulnerabilidade que, provavelmente, não serão abrangidos pelos benefícios sociais, por falta de documentos ou não inclusão no Cadastro Único.
Nossa equipe está mapeando diversas comunidades e dentro desses territórios, com ajuda das lideranças locais, estão sendo identificados esses cidadãos, que vivem à margem da sociedade, invisibilizados por falta de documentação.
A extensão da companha à população em situação de rua é também o foco dessa nova fase da campanha, posto que a ajuda humanitária a este público está reduzida por conta das regras de isolamento social e os movimentos que os auxiliam estão tendo sérias dificuldades para obtenção de recursos. Para contemplar esse público, firmamos com as ONGs JUCA (Juntando os Cacos com Arte) e o Coletivo Rua Solidária, que desenvolvem um belo e sério trabalho de cidadania e direitos humanos, que antecede à pandemia, mas que agora estão atuando sobretudo com entrega de quentinhas e kits de higiene.
Outra mudança nesta segunda etapa será a otimização da composição das cestas. As primeiras eram muito pesadas, o que dificultava o transporte e o processo de entrega. Muitas famílias estavam, inclusive, compartilhando mantimentos com vizinhos. Por isso, as próximas serão um pouco mais leves e, proporcionalmente, em maior quantidade, o que beneficiará ainda mais gente.
Temos a meta de superar o volume de doações do mês passado, que chegaram a cerca de R$ 80 mil. Entretanto, neste mês de abril só conseguimos arrecadar cerca de 34 mil. Precisamos engajamento de todas e todos para alcançarmos mais pessoas neste momento tão aflitivo ainda sem previsão de melhora.
A superação da crise precisa do atuar solidário de cada um de nós.