Terminou na tarde de hoje, 27/02, o encontro promovido pela Comissão de Defensores Públicos composta para discutir alternativas para a contratação de rede complementar ao plano oferecido pela CAMARJ. A ADPERJ cedeu o espaço para a reunião. Durante o encontro, a Comissão representada pelos Colegas Flávio Lethier, Larissa Davidovich, Paulo Vinícius Cozzolino Abrahão e Thiago Belotti de Oliveira esclareceu o que foi feito desde sua formação no dia 04 de fevereiro. Em primeiro lugar, foi elucidado que o óbice para a contratação da Operadora Bradesco está no estatuto, que veda a cessão de rede. Por essa razão, o Bradesco oferece a Mediservice, seu braço corporativo para atender às entidades que procuram esse tipo de contratação. A Comissão afirmou que aguarda um orçamento da Amil para contrato de cessão de rede. Outra opção buscada durante esses dias, e igualmente à espera de orçamento, é a contratação através da Qualicorp de um plano coletivo por adesão, substituindo-se o hoje prestado pela CAMARJ, que deixaria de ser uma Operadora, voltando a ser apenas uma Caixa de Assistência. Uma terceira hipótese seria contratar um plano coletivo junto ao Bradesco, que funcionaria simultaneamente com a CAMARJ, gerando duas mensalidades distintas, como ocorre com a Mútua dos Magistrados. Ademais, a Comissão esclareceu que de qualquer forma, não é possível um contrato de cessão de rede para o domicílio da contratante, razão pela qual a Mediservice, ou qualquer outro plano que ceda sua rede, não atenderá a capital. Mas existe possibilidade dessa extensão, desde que haja autorização da ANS e em caráter temporário, até que a contratante reforce sua rede própria de credenciados. A Unimed prestava seus serviços na capital, porque o contrato era anterior aos regramentos da ANS que impuseram a limitação. “Nosso objetivo aqui é entender o cenário atual do mercado da saúde privada e a legislação corelata e trazer essas informações para a devida análise da Categoria. Pedimos tranquilidade enquanto esse estudo está em andamento. E que qualquer movimento se dê em grupo, de modo que os Defensores não se fragilizem diante do mercado de saúde privada”, falou na ocasião o Defensor Thiago Belotti de Oliveira, que lembrou que as operadoras praticamente não comercializam planos individuais, sendo certo que os coletivos por adesão não estão sujeitos aos limites de reajustes impostos pela ANS. A Comissão deixou claro durante a reunião que sua postura é de total independência em relação à diretoria da CAMARJ, não tendo participado de nenhuma decisão para a contratação da Mediservice. Ao final, afirmaram que tão-logo recebam as informações acima informadas, estas serão consolidadas e apresentadas à ADPERJ, para a devida análise da Categoria. CAMARJ Ultrapassada essa primeira fase, a CAMARJ ampliará sua rede através de novos credenciamentos e indicações de médicos que eram da Unimed, modalidade em que o profissional passa a fazer parte de uma lista de atendimento aos associados CAMARJ por um preço diferenciado, de acordo com a tabela de reembolso da Caixa de Assistência. Varela explicou que há vantagem para o médico que praticar esse preço, pois antes ele era reembolsado, por consulta, pelo valor de 70 reais, sendo certo que o reembolso da CAMARJ é de 100 reais. Ao final da reunião, Varela pediu tranquilidade aos associados, que não devem se precipitar em procurar outro plano de saúde, tendo em vista que a rede hospitalar da CAMARJ é boa e que a ampliação da rede de médicos ocorrerá no médio prazo. “Pedimos um voto de confiança, pois essa crise é temporária e tenho absoluta certeza de que em 2 ou 3 meses a situação estará normalizada. Além disso, gostaria de ressaltar que diante das regras de portabilidade, quem sair agora não poderá voltar logo, caso se arrependa, e poderá ficar em uma situação difícil.” Para a Presidente da ADPERJ, Maria Carmen de Sá o saldo da reunião foi positivo: “Foi possível aos Colegas entenderem melhor o que vem se passando, e restou claro que nenhuma solução é imediata. Infelizmente o modelo anterior, em que havia complementação de rede na capital, não mais será possível a partir de agora, ante a proibição da ANS. Mas diante das opções que se apresentam, o melhor, no momento, é não deixar a CAMARJ. Maria Carmen ressalta ainda que qualquer decisão deve ser tomada com calma: “Devemos aguardar as informações e decidir coletivamente, pois individualmente ficaremos muito fragilizados no mercado de saúde privada, como esclareceram os integrantes da Comissão” – finalizou Maria Carmen. |
ASSOCIAÇÃO DAS DEFENSORAS E DEFENSORES PÚBLICOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Contato
- adperj@adperj.com.br
- (21) 2220-6022
- Rua do Carmo, nº 7, 16º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20011-020
Final do conteúdo